segunda-feira, 27 de julho de 2015

GESTÃO DE PESSOAS NO FUTURO – QUAIS OS DESAFIOS?




Ao tratar da Gestão de Pessoas no Futuro, inicialmente quero trazer para reflexão, qual é o papel do Profissional de Recursos Humanos neste cenário, para assim podermos avaliar o seu papel no contexto atual e o quanto estamos preparados e/ou nos preparando para este novo cenário - “ser e fazer a diferença”.

Analisando o cenário atual, temos: a crise de talentos, o envelhecimento da população no mundo, o aumento da mobilidade global dos trabalhadores, as questões organizacionais e culturais desencadeadas pelas mudanças dramáticas nos negócios ocorridos na última década. Estas estão entre as principais preocupações dos líderes empresariais globais. Assim são estes alguns dos desafios relacionados à Gestão de Pessoas que impactarão as organizações e, consequentemente as operações de Recursos Humanos que existentes atualmente.

Em meados de 2014, Ram Charan publicou um artigo na Harvad Business Review com o seguinte título: “It's time to say good bye to the Department of Human Resources” (É hora de dizer adeus ao Departamento de Recursos Humanos). Charan, com o seu artigo nos alerta, que o Recursos Humanos como está constituído hoje, como atuamos e o vemos não agrega mais valor a estratégia da organização. Charan cita como exemplo Jack Welch que “tinha vários departamentos diferentes e um departamento específico de recursos humanos”. Assim eles conseguiam trazer uma grande contribuição para a performance da empresa e é isto que funciona em várias empresas. O autor nos afirma, que a empresa consegue resolver esta equação, trazendo profissionais de outras áreas, com outras visões e expertises diferentes para serem gestores de recursos humanos.  

Sob a ótica do autor o Profissional de Recursos Humanos está fadado ao seu desaparecimento, pois o Recursos Humanos está sendo visto como um prestador de serviço passivo, sendo somente um departamento específico. Considerando o ambiente futuro de trabalho e negócios, o RH se encontra em uma encruzilhada, principalmente o seu profissional.

Durante a minha trajetória profissional em grandes corporações, tenho vivido e visto isto de perto, a formação e o preparo do profissional não acompanha o mercado e, as demais áreas da organização. O nosso sistema educacional forma profissionais que são “commodity”. Commodity porque tem a mesma informação que todo mundo tem, é o mesmo produto, é padrão profissional. E como todo commodity, briga por preço e por espaço dentro do mercado comum, padrão. Porém o profissional não satisfeito com o commodity, faz uma pós, mestrado ou até doutorado na mesma área de atuação. Continua commodity, é padrão, é a mesma informação. Charan nos alerta que as organizações querem profissionais com outros conhecimentos e vivências, ou seja, o desvio e a inovação vem da junção de diferentes áreas e não da mesma.

Desta forma, um profissional formado e vivido com os mesmos conteúdos e padrões, não serão especialistas com uma mentalidade proativa e orientada para a estratégia de negócios, onde o Recursos Humanos deverá ser o coração da empresa, com um novo papel e mais abrangente em termos de gestão de pessoas, incorporando e influenciando vários outros aspectos da organização. Ou nos preparamos para cada vez mais ser vistos como um Recursos Humanos transacional e quase inteiramente terceirizado.

Assim acredito que o Profissional de Recursos Humanos tem uma oportunidade significativa para tomar o controle da agenda de gestão de pessoas, de realmente conduzir a estratégia a ter às ferramentas e informações para se tornar uma das áreas mais poderosas e influentes na operação dos negócios.

O desafio da área da Gestão de Recursos Humanos é entender de que forma se tornar relevante para mundo de amanhã e como profissional, quais são as novas competências que devo desenvolver.


O futuro como se diz, não é um lugar para onde vamos, mas algo que criamos.

Silmar Strübbe
contato@silmarstrubbe.com.br
www.silmarstrubbe.com.br

quinta-feira, 23 de julho de 2015

COMUNICAÇÃO INTERNA, UM BEM NECESSÁRIO!



No atual contexto, a comunicação interna é a ferramenta estratégica mais importante de qualquer organização, pois é com ela que está relacionada à sua capacidade de competir e sobrevir no mercado.

Comunicação é um processo voluntário ou não, pelo qual dois ou mais agentes transmitem e/ou recebem mensagens, por meio de um sistema compartilhado de sinais, símbolos e comportamentos.

A palavra comunicação origina-se do latim “communicare”, que significa: - Partilhar; - Dividir; - Tornar comum; - Associar; - Trocar opiniões.

Estima-se que a comunicação cubra mais de ¾ da vida ativa de cada ser humano. Peter Drucker afirma que “Sessenta por cento (60%) de todos os problemas administrativos resultam da ineficiência na comunicação”.

Afirmativa esta se baseia pelo fato que a comunicação tem a ver com relacionamento, interação, conectividade, convivência, coesão, compartilhamento, cooperação, comprometimento, aprendizado, mudança, inovação, ética, transparência e responsabilidade.

A comunicação é um dos processos fundamentais da gerência do comportamento organizacional.

Sob o ponto de vista organizacional, a comunicação pode ser analisada em termos de 3 (três) funções amplas:
(1) produção e controle (comunicação dirigida à realização do trabalho e ao cumprimento de objetivos da organização);
2) inovação (mensagens sobre novas ideias e mudanças de procedimentos que ajudam a organização a se adaptar e responder ao seu ambiente);
(3) socialização e manutenção (comunicação voltada para os meios de realização do trabalho e não o trabalho em si, e para o envolvimento pessoal, as relações interpessoais e a motivação das pessoas na organização).
Cada uma dessas funções é importante para que uma organização possa ser administrada de maneira eficiente e eficaz.

Como principais barreiras no processo de comunicação, cito:
Dificuldades de expressão - Semântica: está relacionado ao significado diferente que as pessoas vinculam às palavras, nesta situação, é provável que um sujeito atribua um significado errado a uma palavra ou a uma comunicação não verbal.

Distração: São todos os fatores extrínsecos que interferem na recepção da mensagem. Fatores extrínsecos são aqueles que não se  relacionam com o significado nem com a interpretação do tema, podendo ser: barulho, telefonema inesperado, conversa paralela.

Credibilidade do transmissor: é um dos elementos fundamentais para uma liderança eficaz. Quanto mais confiável for à fonte ou o transmissor, maior será aceitação da mensagem.

Limitação de Capacidade do Receptor: O receptor tem uma capacidade relativa ao seu grau cultural, aos seus interesses e ao seu modo de ver o mundo.

Julgamento de valor: é fazer julgamentos antes de receber a mensagem completamente. Um julgamento apressado induz a pessoa a ouvir apenas a parte que lhe interessa. É possível que um julgamento de valor precipitado, leve o indivíduo a imediatamente desconsiderar a mensagem, mesmo após tê-la ouvido em sua totalidade.

Sobrecarga de informação: transmissão de muita informação, ocasionando uma sobrecarga de informação em que os funcionários não conseguem absorver tudo.

Símbolo de status: Retenção proposital de informações por parte de alguns gestores.

Desta forma para superar todas estas barreiras faz-se imprescindível que devemos:
1. Esclarecer as ideias antes de comunicá-las, o que evita distorções na semântica;

2. Motivar o receptor “prendendo” sua atenção no momento da transmissão da mensagem de modo a apelar para seus interesses ou necessidades;

3. Saber e entender que as pessoas têm paradigmas diferentes, que interferem no modo como elas interpretam os acontecimentos;

4. Usar linguagem apropriada e direta. (As palavras são mágicas! Elas podem construir ou destruir um indivíduo!);

5. Fornecer informações claras e completas;

6. Usar canais múltiplos para estimular os vários sentidos do receptor (visão, audição, etc.);

7. Empatia. Colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, num esforço de entendê-la;

8. Transformar a comunicação informal numa aliada e fazer com que encontros casuais dentro da organização se transformem num canal positivo, além de aproximar a direção de sua equipe de trabalho;

9. Tomar cuidado com o comportamento não verbal, sendo que esta comunicação representa 60%.

10. Encorajar o receptor em demonstrar suas reações, sendo fundamental também ouvir para saber se a mensagem foi realmente entendida, ou melhor, se o transmissor da mensagem fez-se entender.

Desta forma, ao entendermos o poder da comunicação interna, administrando e superando as suas barreiras, teremos pessoas, equipes muito mais engajadas com os objetivos e resultados da organização.   


Assim concluo que, o significado da COMUNICAÇÃO é a resposta que despertamos na outra pessoa!

Silmar Strübbe

Diretor Fundador
Especialista em Carreiras e Negócios
contato@silmarstrubbe.com.br
www.silmarstrubbe.com.br

segunda-feira, 20 de julho de 2015

VAMOS FAZER UM 5W2H NO BRASIL, NO SEU NEGÓCIO E SUA CARREIRA?


O nome parece bonito, ou para quem não conhece imagina ser uma fórmula ou código totalmente indecifrável; mas alegrem-se, tudo fica muito claro quando entendido e colocado em prática.
Por isso resolvi lembrar este método para quem sabe, você poder aplicar em sua empresa, negócio, carreira ou talvez, amenizar seu sofrimento em relação a nossa situação econômica no país.
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/c1/5b/ee/c15bee77989402a8581f5ffed8ea75f4.jpgComo esclarecimento inicial, segue o significado da metodologia 5W2H:
  
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/c1/5b/ee/c15bee77989402a8581f5ffed8ea75f4.jpg

Que tal agora, aplicar essa regra em nossas atitudes?

Usaremos “What”- o que será feito, (etapas) para se identificar, porque deixamos tudo isso acontecer com: nosso país, nossas empresas e empregos. Será que fomos/estamos omissos, ou talvez irresponsáveis ao ponto de acreditarmos em pessoas e processos falidos?
Agora..., “Why”- porque será feito? (Justificativa).
Nossa situação e nossas atitudes nos levaram a todo esse desespero e descrédito geral, mas ao se perguntar “Porque será Feito”, é porque ainda existem possibilidades de acreditarmos nas pessoas honestas que estudaram e se dedicam a punir e corrigir atos escusos que colocaram nossas vidas neste patamar.
Devo mesmo alterar alguns processos ou apenas ficar argumentando e reclamando da atual situação? A pergunta esta lançada.

Mas se você respondeu de forma afirmativa, de que é possível mudar algo, sem ficar justificando, então aplique o “Where” – Quando será feito (local).
Neste momento você pode determinar onde irá praticar suas alterações, em que departamento ou até filial de sua empresa. Em relação ao Brasil, o melhor LOCAL, será sempre sua casa e suas idéias.
Até agora tudo bonito e maravilhoso, mas este próximo passo pode se tornar fundamental. “When” – Quando será feito (Tempo).
O prazo e a forma que irá atuar quem determina é você, então disciplina e determinação serão fundamentais.
Então mãos a massa, porque agora com a última letra W, o formato “Who” – por quem será feito – (Responsabilidade), vamos agir.
Quem irá agir pelo nosso País? E por nossa empresa? E por nossa vida?
A resposta esta em suas mãos, em suas atitudes, na sua forma de agir e pensar.
Chega de culparmos aos outros por nossos erros e faltas de atitudes, porque as próximas duas letras definiram a verdadeira razão de sua sobrevivência. 
“How“- como será feito (Método). Você esta pronto para esse feito? Envolva todas as pessoas possíveis que acreditem na real virada da situação, determine formas e potencialize essas pessoas para a verdadeira virada, e essa etapa será realizada com muita maestria e satisfação.
E finalizando, “How Much” – (Quanto custará tudo isso). Talvez você esteja pensando apenas na questão financeira. Claro que isso também é muito importante, mas o custo efetivo e real será a sua dedicação, autonomia e acreditar em seu potencial, sua empresa e sua equipe envolvida.
Espero que tenha curtido essas letras e números para melhor entendimento e aproveitamento na sua empresa e principalmente em como ajudar nossa nação a dar a volta por cima. Eu uso e aplico essas regras em minhas atitudes, e principalmente em novos voos que desejo realizar com a FAV- Força Aérea de Vendas e com minha carreira.
Vamos voar mais alto, acredite, já passamos por processos semelhantes ou até piores, mas na aviação, essas regras determinam com toda a clareza o sucesso e a satisfação do público envolvido.


Cmte Lombardi
Consultor e Palestrante
FAV - Força Aérea de Vendas