Minha
motivação para escrever falando sobre o UBER na Aviação, se deu após ter lido um
artigo no site AIRWAY
Todos
nós estamos acompanhando a polêmica sobre a “febre do aplicativo UBER”,
aplicativo esse que está desqualificando algumas categorias e enaltecendo outras.
Recentemente
taxistas de várias cidades e de muitos estados pelo país, se mobilizaram contra
o referido aplicativo. Essas manifestações “travaram” o já caótico trânsito de
São Paulo, bem como o trânsito de outras cidades e estados pelo Brasil a fora.
Mas
será que antes de criticar o
aplicativo não seria oportuno fazer uma analogia a nós mesmos, que somos empreendedores,
de como estamos atendendo os nossos clientes?
Ninguém
em sã consciência criaria um aplicativo apenas por criar, criam-se aplicativos
para melhorar e facilitar a vida das pessoas, para sair da mesmice, para inovar
e para fazer a diferença, principalmente em serviços que são ineficientes e
obsoletos.
Permito-me
então em fazer um comparativo simples, rápido e que acredito ser de fácil
entendimento, mas que gostaria que fosse interpretado de maneira a agregar e
não servir de crítica ou qualquer tipo de apologia ao tema.
Se
já temos um aplicativo similar usado na aviação, o “FLY VITOR”, entendo que
muitos dos nossos clientes estão insatisfeitos com o tipo de atendimento e
burocracias que são criados pelas companhias aéreas, companhias essas que estão
apenas focadas nos lucros, se esquecendo do essencial, a “QUALIDADE”.
Claro
que estamos falando de altos executivos, que estão deixando de pagar pelas classes
executivas, para “pegar carona” em Jatos Executivos ao redor do mundo.
Meu
entendimento a respeito, foi um único ponto, segue:
“Alguns
voos ainda têm serviços extras a bordo, com direito a champanhe e refeições
sofisticadas, além de internet e até telefone via satélite. Outra vantagem é
não precisar fazer check-in ou enfrentar filas de embarque. Todo processo de
escolha da aeronave e o voo é feito com um simples comando no smartphone e
o pagamento é efetuado por cartão de crédito.”
Agora
imaginem vocês, esse serviço sendo estendido para as pequenas e médias
companhias aéreas do Brasil, obrigando então que as companhias aéreas parem
suas AERONAVES nos pátios ou ESTACIONEM suas aeronaves nas cabeceiras das
pistas?
Assim
posso concluir que, algumas companhias aéreas estão bem preocupadas, exemplo
disto é a Gol, que está retornando com os seus serviços de bordo (não cobrando
mais pelas refeições oferecidas em seus voos), estão recebendo seus clientes com
mais cordialidade nas aeronaves, como por exemplo, no término do voo agradecem
os clientes por terem voado utilizando a CIA. Aérea, estão voltando à estender
o tapete vermelho e realizando feed-back com seus clientes. Querem uma prova
disso, a Avianca lançou a seguinte promoção?
“SEU AMIGO, NOSSO AMIGO”.
Voltando
então a minha comparação, Srs. taxistas, será que não está na hora de ter o UBER
como referência no quesito “qualidade no atendimento” e deixar de tratar
os seus clientes como uma simples “corrida”?
Corrida
esta que se explica pela alta velocidade, principalmente desenvolvida nos
trechos das rodovias Helio Schmidt (acesso ao Aeroporto de Guarulhos-Cumbica), Ayrton
Senna e Presidente Dutra. Passei por experiências desagradáveis, onde o
motorista preocupado em atender o maior número de clientes possíveis no
decorrer do dia, em um curto espaço de tempo, corria feito um louco para voltar
rapidamente ao aeroporto e assim realizar várias corridas durante todo o dia. Assim,
contava cada minuto da “Corrida”, para chegar com vida e com o meu estômago no
lugar, em virtude das manobras irresponsáveis que realizavam.
Porque
então agora questionar os carros de luxo com motoristas exclusivos da UBER,
sendo que os “CLIENTES” querem na realidade SEGURANÇA, CONFORTO, EDUCAÇÃO, RESPEITO,
EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO e CORTESIA, qualidades estas que estão extintas dos
serviços do atendimento. Acredito então que seja essa a resposta do UBER, pois estão
suprindo essa carência nos serviços prestados Brasil a fora, nada tendo haver diretamente
com os taxistas, porém ficando óbvio a nós empreendedores, que o cliente está
disposto a pagar um pouco mais pelos quesitos acima mencionados, podendo ser qualquer
área de atendimento e serviços prestados.
Dito
isto, já sei, vão me questionar, principalmente os taxistas que estão lendo
este artigo, dizendo: “pagamos caro para ser legalizados e os “UBERS” da vida
são ilegais”. Concordo, e nunca disse nada ao contrário, mas ao invés de
criticarem e ficarem pensando em maneiras de punição aos motoristas do UBER,
que tal melhorarem a qualidade dos seus serviços, uma vez que já pagam tantos
impostos por isso?
Vamos
usar a inteligência e a tecnologia ao nosso favor.
Qualidade
se faz com respeito e concorrência se ganha com competência.
Cmte Lombardi
Palestrante – Consultor
FAV – Força Aérea de Vendas
lombardi@silmarstrubbe.com.br
www.silmarstrubbe.com.br/fav
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